Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/26039
Tipo: | Tese |
Título: | Apropriação de práticas de ensino da linguagem escrita por professoras dos anos finais da Educação Infantil |
Autor(es): | Bisognin, Andrea Guida |
Primeiro Orientador: | Munakata, Kazumi |
Resumo: | Esta pesquisa tem como objeto as práticas de ensino efetivadas por professoras que lecionam em turmas de crianças menores de sete anos de idade e sua relação com as sucessivas reformas curriculares empreendidas pela esfera política concernentes às funções assumidas pela pré-escola a partir de meados da década de 1970. A investigação se dá vinte anos após a instituição das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, em 1999 – marco a partir do qual se intensificam a produção e a circulação de orientações destinadas às escolas frente ao desafio de imprimir nesse segmento da Educação Básica características que se distanciem das políticas compensatórias implementadas em décadas anteriores, especialmente no que se refere às práticas de alfabetização. Nesse contexto, busca compreender a apropriação de “inovações didáticas e pedagógicas” relativas ao ensino da linguagem escrita por professoras dos anos finais da Educação Infantil manifestada em seus fazeres cotidianos. Tal objetivo convoca o conceito de “cultura empírica da escola”, bem como procedimentos metodológicos que permitem interpretar as práticas docentes como “práticas culturais”, marcados principalmente: pela observação de atividades que compõem as rotinas de crianças com idades entre quatro e cinco anos de idade, análise de planejamentos, materiais didáticos e de documentos postos em circulação pelos órgãos oficiais. Os dados foram obtidos em escolas públicas municipais de Guarulhos-SP, onde lecionam as professoras focalizadas ao longo do estudo. Para evitar que o exame das fontes se restringisse ao cotejamento entre referenciais teóricos, prescrições relativas ao ensino da linguagem escrita e as práticas efetivadas em suas salas de aula, as noções de “apropriação” e “experiência” foram cruciais durante o processo. Verificou-se que os diferentes significados atribuídos pelas docentes ao que é prescrito - quando lidos sob uma lente que considera a historicidade das práticas de ensino - podem decorrer de uma combinação de fatores que vão desde o acesso a determinados objetos da cultura material escolar, passando por suas trajetórias profissionais, até as realidades pragmáticas que se impõem no interior das escolas onde lecionam. Esses achados, portanto, alertam para interpretações que avaliam o que é imediatamente observável nas salas de aula como uma simples sobreposição de práticas que se mantém apesar das recomendações preconizadas, seja pela esfera acadêmica, seja pelas políticas educacionais vigentes |
Abstract: | This study focuses on the relationship between the established practices of teachers who work with children under 7 years of age and the curricular reforms proposed since the mid 1970s regarding the functions of pre-school education. The backdrop of the research is the 1999 approval of the National Curricular Standards for Early Childhood Education, a framework that intensified the production and dissemination of guidelines for schools to distance themselves from earlier policies designed with a compensatory purpose in mind, especially around literacy. In this context, it seeks to understand how the appropriation of “pedagogical and didactic innovations” aimed at teaching written language to preschool children materializes in educators’ day-to-day activities. Conceptualizing the “empirical culture of the school”, the adopted methodological procedures interpret teachers’ practices as “cultural practices”, captured using direct observation of classroom routines with 4- and 5-year-old children, and analyzing lesson plans, instructional materials and official documents. Data was collected at the municipal public schools where participants taught in the city of Guarulhos (São Paulo). The notions of “appropriation” and “experience” were crucial to examine sources without resorting to a verification of whether established teaching practices adhere to theoretical references or normative standards. A historical lens reveals that teachers attribute meaning to prescribed curricular guidelines based on factors such as their access to particular items of school material culture, professional trajectories, and the pragmatic realities of the institutions where they work. Therefore, findings expand on assessments that interpret what is observable in the classroom as an overlap of practices that are maintained in spite of recommendations from academia and current educational policies |
Palavras-chave: | Práticas docentes Ensino da linguagem escrita Educação infantil Teacher practices Written language teaching Early childhood education |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::TOPICOS ESPECIFICOS DE EDUCACAO |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo |
Sigla da Instituição: | PUC-SP |
metadata.dc.publisher.department: | Faculdade de Educação |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: História, Política, Sociedade |
Citação: | Bisognin, Andrea Guida. Apropriação de práticas de ensino da linguagem escrita por professoras dos anos finais da Educação Infantil. 2022. Tese (Doutorado em Educação: História, Política, Sociedade) - Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: História, Política, Sociedade da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2022. |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/26039 |
Data do documento: | 28-Mar-2022 |
Aparece nas coleções: | Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: História, Política, Sociedade |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Andrea Guida Bisognin.pdf | 3,09 MB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.